Projeto que amplia número de deputados terá custo médio de R$ 11 mi por mandato

(Foto): Divulgação/ Plenário da Câmara dos Deputados / Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Uma semana esvaziada no Congresso Nacional, com as viagens dos presidentes da Câmara e do Senado ao exterior. Antes do “recesso informal”, os deputados aprovaram um projeto polêmico que aumenta ainda mais o número de parlamentares.

Hugo Motta está nos Estados Unidos para participar de uma série de eventos durante a “Brazilian Week”. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, acompanha o presidente Lula em viagem oficial à China.

A Câmara não tem sessões deliberativas nesta semana, ou seja, quem faltar, continua com salário integral. Já o Senado, tem trabalho marcado, mas sem votações importantes. O ritmo de trabalho dos deputados, por exemplo, é o menor dos últimos seis anos.

O Congresso brasileiro é um dos mais caros do mundo. Cada um dos 594 Parlamentares custa cerca de R$ 2,5 milhões por ano, um total de quase R$ 1,5 bilhão apenas com o salário de R$ 46 mil e benefícios mensais. Tem auxílio para todos os gostos, tudo bancado com dinheiro público.

A chamada cota para o exercício da atividade parlamentar aceita praticamente tudo: reembolso de conta de celular, TV a cabo, passagens aéreas, correios, aluguel de imóveis, carros e até de aviões e barcos. Se o cotão não for gasto no mês, acumula para o mês seguinte.

Os deputados têm mais de R$ 130 mil de verbas de gabinete para contratar até 25 assessores, com salários de quase R$ 19 mil, fora o 14º no primeiro e no último ano de mandato, o auxílio-paletó.

Se as pensões e aposentadorias entrarem na conta, o gasto total por ano chega a cerca de R$ 11 bilhões.

Agora, o valor pode aumentar. A Câmara aprovou um projeto que eleva o número de deputados de 513 para 531. Em vez de reduzir, a Casa resolveu criar novas vagas para atender à determinação da Justiça Eleitoral de redistribuir as cadeiras, com base no Censo 2022.

Os estados que ganharam o maior número de deputados foram Santa Catarina e Pará, quatro cada. Seguido por Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte, com duas. Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná, com uma. Total: 18 novos deputados a um custo médio de mais de R$ 11 milhões por mandato de cada um deles. O texto ainda precisa ser aprovado no Senado.